Banimento do Tiktok: Confira as novas mudanças na rede social [2024]

Por Stella Caroline em TikTok
Banimento do TikTok - a imagem que ilustra o tema tem o fundo azul e, no meio, em destaque, tem o desenho de um boneco, vestindo uma camisa verde, segurando uma lupa olhando para um computador amarelo.

O banimento do TikTok é possível e ainda está em andamento.

Nesse contexto, vamos contar mais um capítulo dessa história.

Primeiramente, vamos recapitular tudo o que aconteceu até o momento, em seguida, vamos abordar os principais argumentos dos últimos meses.

Por fim, analisaremos o último ato do TikTok para combater o possível banimento do mercado americano.

Banimento do Tiktok: Tudo que você precisa saber até agora

O banimento do TikTok está em andamento e tem gerado intensa discussão entre a plataforma, o Senado americano, criadores de conteúdo e usuários do aplicativo.

No centro dessa discussão está o receio dos Estados Unidos de que a rede social possa espionar usuários do país e, posteriormente, fornecer essas informações para a ByteDance, a empresa chinesa dona do TikTok.

A principal preocupação é que essa situação possui um potencial geopolítico significativo para os Estados Unidos.

Ainda é uma zona cinza!

Cada um pode ter sua opinião, mas, por enquanto, os fatos indicam que o risco é apenas potencial, no sentido de que a rede social poderia enviar informações para a China.

Até o momento, ninguém encontrou provas de que o TikTok compartilha essas informações com a segunda economia do mundo.

No entanto, a mera possibilidade de isso ocorrer representa um risco gigantesco para os Estados Unidos, especialmente em termos de segurança e soberania.

Se confirmada, essa possibilidade pode comprometer todo o sistema americano, começando pelos celulares de empregados importantes do governo.

A desconfiança ganha força ao vermos que vários países já baniram o TikTok, seja para todos os cidadãos ou apenas em smartphones de funcionários do governo, como em agências de segurança.

Há um prazo para a decisão

O Senado dos Estados Unidos, juntamente com o atual presidente Joe Biden, deu à ByteDance um prazo de nove meses para vender a empresa a uma companhia americana; caso contrário, banirá a plataforma.

No entanto, a plataforma quer provar que não compartilha nenhum dado com o governo chinês e pretende usar todos os recursos legais para evitar essa decisão.

Afinal, os Estados Unidos representam um dos mercados mais importantes do mundo.

Além disso, a decisão dos Estados Unidos pode levar outros países a adotarem medidas semelhantes com as mesmas alegações, já que a maior economia do mundo tem influência suficiente para desencadear um efeito prejudicial para a plataforma.

Clique aqui e veja essas informações de maneira mais profunda no nosso outro conteúdo sobre o TikTok ter sido banido.

Banimento do Tiktok: O futuro da plataforma

Agora que você já sabe tudo o que aconteceu até o momento, podemos finalmente falar sobre as últimas atualizações dessa disputa.

Falta apenas cinco meses

Considerando que o Senado deu um prazo de nove meses para a venda da plataforma em abril de 2024, restam pouco menos de cinco meses para o possível banimento da plataforma.

O TikTok tem focado suas ações em se defender até o último momento.

O advogado que representa a plataforma, Alex Berengaut, reiterou que as acusações do Senado carecem de evidências, afirmando: “O governo não apresenta provas deste suposto controle chinês, e sua afirmação é totalmente errada” para o Tribunal de Apelações do Circuito do Distrito de Columbia.

Além disso, o próprio CEO da plataforma, Shou Chew, frequentemente menciona a Primeira Emenda americana, que garante a liberdade de expressão.

No entanto, essa situação sugere que a plataforma não possui provas conclusivas para afastar as suspeitas; caso contrário, já teria apresentado tais evidências.

Falta de provas concretas de ambos os lados

Apesar de ser um fato que o Senado não apresentou nenhuma prova concreta sobre sua suspeita, há uma ausência de provas em ambos os lados. 

Como mencionamos anteriormente, o principal argumento da plataforma é invocar a Primeira Emenda na estratégia de levar a discussão ao público.

Considerando que já se passaram meses sem provas definitivas e que não vemos sinais de uma investigação mais aprofundada por parte do Senado americano, a vantagem parece estar com o Senado. 

Afinal, mesmo sem provas concretas, a decisão sobre se a plataforma permanecerá ou não ainda está nas mãos deles.

Enquanto isso, a principal “prova” da plataforma é que os dados dos usuários são supervisionados nos Estados Unidos por uma empresa americana, a Oracle.

Colocamos aspas em “prova” porque, ainda assim, não é uma evidência concreta de que não há compartilhamento desses dados.

Grande parte da receita das redes sociais vem dos anúncios, o que significa que as plataformas têm acesso às informações dos usuários e utilizam esses dados para traçar perfis e comportamentos de compra, a fim de otimizar os anúncios das empresas. 

A única maneira de garantir que esses dados não sejam compartilhados seria se fossem criptografados de forma que nem mesmo a plataforma tivesse acesso a eles. 

No entanto, isso comprometeria o modelo de negócios, pois esses dados precisam estar acessíveis para que a empresa possa otimizar os anúncios das empresas.

O algoritmo ainda pertence a Byte Dance

Segundo o jornal National Public Radio, a ByteDance possui os direitos sobre o algoritmo e, portanto, seu acesso, mas não sobre a base de dados que fica nos Estados Unidos, conforme mencionado anteriormente. 

No entanto, isso mostra que é possível que a ByteDance tenha conhecimento das informações que passam pela plataforma.

Novamente, isso não confirma as suspeitas do governo americano, mas abre margem para que essas suspeitas sejam consideradas válidas. 

Isso indica que a plataforma precisa oferecer argumentos mais sólidos ou fazer mudanças internas para se adequar às exigências legais desse mercado.

Banimento do Tiktok: Qual foi a resposta do TikTok?

Recentemente, a plataforma entrou com uma moção oficial, alegando que o CFIUS ultrapassou sua jurisdição e, portanto, a venda forçada é inválida.

Mesmo assim, a política envolve fortemente essa decisão, e tudo depende de a apelação ser acatada ou não.

Para o TikTok, a situação é dramática, considerando que 90% da base de usuários está fora da China.

A plataforma não deixaria de existir, mas não seria mais o colosso que conhecemos hoje.

Isso é lamentável, pois as outras grandes redes sociais pertencem à Meta, como Instagram e Facebook.

Assim, a ausência do TikTok no mercado americano tenderia a diminuir a concorrência e, consequentemente, a inovação.

Gostou do nosso conteúdo sobre o possível banimento da plataforma? Aproveite e leia mais em nosso blog sobre as melhores estratégias de marketing digital!

Stella Caroline

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